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MERGULHO EM APNEIA E SEUS EFEITOS FISIOLÓGICOS

  • Johann Peter
  • 9 de abr. de 2016
  • 2 min de leitura

O mergulho em apneia é uma atividade em que se mergulha em mares ou rios livremente, sem a ajuda de aparelhos, com apenas as forças dos pulmões, prendendo a respiração. Tal atividade traz ao nosso organismo alguns efeitos fisiológicos, que tem por finalidade manter o corpo funcionando na falta de oxigênio.


Quando o mergulhador entra em contato com a água ocorre um reflexo causado pelo ramo oftálmico do nervo trigêmeo. Esse reflexo provoca uma série de alterações no organismo como a diminuição do fluxo sanguíneo como a vasoconstrição em órgãos e membros periféricos. Visa também manter o fluxo de sangue em órgãos vitais. Além disso, há a redução da frequência cardíaca e aumento da pressão arterial. Tudo isso com o intuito de causar a bradicardia, tendo em vista melhorar aproveitamento de oxigênio e aumentar a capacidade de suportar gás carbônico para que o mergulho seja prolongado.


Fisiológicamente ocorrem compressões torácicas devido ao aumento da pressão. Isso faz com que as pressões parciais internas nos alvéolos pulmonares de O2, CO2 e N2 também aumentem, possibilitando que as trocas de O2 entre os alvéolos e o sangue continuem mesmo com a sua queda de contração. Em contrapartida, em casos de apneia a difusão de CO2 é invertida. O aumento da pressão desse gás nos alvéolos promove a difusão dele no sangue. Essa quantidade maior de CO2 no sangue é o sinal para o mergulhador subir.


Já quando o mergulhador, principalmente os profissionais, começam a subir as descompressões torácicas se iniciam pela diminuição da pressão. Ele precisa ter cuidado e subir de forma lenta e gradual, já que ele pode desenvolver a chamada doença descompressiva. Ela é causada quando o indivíduo fica certo tempo e em uma determinada profundidade debaixo da água, ocasionando uma maior difusão de N2 no sangue. Ao fazer o retorno para a superfície de forma rápida, grande quantidades desse gás podem ficar dissolvidas no organismo, o que pode causar: dor localizada, coceira na pele, dificuldade de respirar, ataques cardíacos, derrames, infiltrado sanguíneo nos pulmões, paralisia, estado de coma e até mortes. Para evitar isso, o mergulhador deve apenas subir devagar.


A prática da apneia é antiga e realizada por pessoas do mundo inteiro. Conhecimentos fisiológicos como os citados ajudam a compreender os seus mecanismos, ajudando no seu melhor aproveitamento e evitando possíveis complicações.


Referências:


http://bdm.unb.br/bitstream/10483/4675/1/2013_JoseEdinaldoRodriguesdosSantos.pdf - Santos, José Edinaldo Rodrigues dos. "A física do mergulho." (2013).


http://www.aidabrasil.com.br/anterior/pdf/acrm.pdf - Torres, Frederico Lopes Rodrigues. "AJUSTES CARDIOVASCULARES E RESPIRATÓRIOS DO MERGULHO EM APNÉIA.


Leonardi, Adriano. "Fisiologia do mergulho Veja também!."




 
 
 

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