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Nefrotoxidade da Anfotericina B



A anfotericina B, medicamento de amplo espectro usado contra fungos, algas e protozoários, é hoje um dos principais fármacos utilizados no tratamento em casos de infecções fúngicas sistêmicas, principalmente quando há pacientes imunossuprimidos (HIV, câncer, transplantados) ou com infecções que envolvem o sistema nervoso central. Os principais patógenos que serão combatidos pela anfotericina B serão: aspergilose; blastomicose, candidíase disseminada, além de coccidiodomicose; criptococose e endocardite fúngica.


Só há benefícios?

Mesmo com sua alta recomendação e bons resultados contra infecções sistêmicas, um dos maiores desafios enfrentados pelos médicos e farmacêuticos são os efeitos adversos desse fármaco, como: anafilaxia, erupções cutâneas, anorexia, diarreia, anemias e broncoespasmos. Além disso, o principal efeito colateral desse fármaco é sua ação nefrotóxica. Muitos pacientes precisaram para seu tratamento por causa desse efeito. O mecanismo de ação desse fármaco nos fungos dá-se da seguinte maneira: ele irá interagir com os esteroides de membrana do patógeno, formando poros que alterarão a permeabilidade celular do fungo, fazendo com que os íons, eletrolítos e compostos intracelulares sejam extravasados, levando a morte celular.



Dora, Cristina Lima, and Liliete Canes Souza. "Novas formas comerciais de anfotericina B." Revista de Ciências Médicas 14.2 (2012).


Como ocorre esse efeito colateral?


O mecanismo de ação da anfotericina B para causar a nefrotoxicidade é devido a uma lesão tanto morfológica quanto funcional no túbulo interisticial. Essa disfunção pode ser causada por dois mecanismos básicos: através de vasoconstrição, alterando o fluxo sanguíneo renal, e também por lesão direta à célula tubular. No primeiro caso, estudos mostraram que essa vasoconstrição irá reduzir a filtração glomerular e o débito urinário. Esse mecanismo ocorre pela inibição da síntese de RNA mensageiro da óxido-nítrico sintetase que compõe células endoteliais, já que o óxido nítrico é um potente vasodilatador. Já no segundo caso, há distúrbios eletrolíticos e até necrose tubular aguda. O mecanismo para essa lesão ocorre devido a forma de como o fármaco interage com o ergosterol, uma vez que mesmo com baixa afinidade pelo esteroide das células mamíferas, há ainda uma interação com os fosfolipídeos de membrana e consequentemente, formação de poros que irão alterar o equilíbrio eletrolítico das células.



Referências:

https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6097/000480671.pdf?sequence=1


Dora, Cristina Lima, and Liliete Canes Souza. "Novas formas comerciais de anfotericina B." Revista de Ciências Médicas 14.2 (2012).


http://www.medicinanet.com.br/bula/8010/anfotericina_b.htm


http://www.bago.com.br/web/cgi/cgilua.exe/plugins/system/br.com.fabricadigital.publique.arearestrita/media.lua?f=Emb_abelcet_.jpg


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