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Lúpus e a insuficiência renal



O lúpus eritematoso sistêmico se trata de uma doença inflamatória crônica autoimune, multissistêmica, de causa desconhecida, que envolve diversos genes, além de fatores hormonais e ambientais. A maioria dos pacientes com lúpus apresenta no tecido renal depósitos de imunocomplexos, por isso, a hematúria e proteinúria glomerulares, além de alterações no processo de filtração glomerular são sinais, que alertam para o comprometimento renal, o que de suma importância, uma vez que a morbidade e mortalidade é considerada elevada nos pacientes com acometimento renal.





A nefrite se desenvolve pelo acúmulo de complexos imunes no mesângio e espaço subendotelial, o que acarreta na formação de um sedimento urinário rico e na diminuição da filtração glomerular. Essa nefrite apresenta graus diferentes de gravidade, apresentando períodos de atividade e remissão, os quais determinam a escolha dos agentes terapêuticos a serem utilizados.







Os parâmetros mais importantes para a caracterização da doença em atividade são: sedimento urinário ativo, definido pela presença hematúria, leucocitúria e cilindrúria celular. Além disso, a positividade ou o aumento de anticorpos anti-dsDNA e a hipocomplementemia, em especial níveis baixos de C3, são considerados também como indícios de atividade renal.


Já a redução da filtração glomerular, a proteinúria nefrótica e a hipertensão arterial sistêmica indicam maior gravidade da doença e um pior prognóstico.

Dependendo da gravidade a nefrite pode ser classificada da seguinte forma: Nefrite lúpica com mínima alteração mesangial, Mesangial, Proliferativa focal, Proliferativa difusa, Membranosa ou Com esclerose avançada.


Quanto ao tratamento do lúpus, no que diz respeito à nefropatia, os principais objetivos do tratamento são controlar a atividade inflamatória e prevenir a evolução para uma insuficiência renal crônica. Durante a terapia, além do uso de agentes imunossupressores nas fases de indução de remissão como nas de manutenção, deve-se considerar a suplementação de vitamina D, fornecer orientação dietética para prevenir e controlar Hipertensão arterial sistêmica e diabetes, além de evitar o uso de medicamentos nefrotóxicos.


Referências


Klumb, Evandro Mendes, et al. "Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o diagnóstico, manejo e tratamento da nefrite lúpica."Revista Brasileira de Reumatologia 55.1 (2015): 1-21.


Do MétoDo, DESCRIção, and DE ColEtA DE EvIDÊNCIAS. "Consenso de lúpus eritematoso sistêmico." rev bras reumatol 48.4 (2008): 196-207.


Alves, Maria Almerinda Vieira Fernandes Ribeiro. "Revisäo/atualizaçäo em nefrologia clínica: nefrite lúpica." J. bras. nefrol 19.2 (1997): 193-6.


Cato, Ellen Erie, et al. "Lúpus eritematoso sistêmico bolhoso associado à nefrite lúpica: relato de dois casos Bullous systemic lupus erythematosus associated with lupus nephritis: report of two cases." An Bras Dermatol 82.1 (2007): 57-61.


Imagens


http://www.mdsaude.com/2008/11/lpus-eritematoso-sistmico-les.html

http://coursejournal_medicina.blogs.sapo.pt/45118.html


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