O CAFÉ PODE REDUZIR AS CHANCES DE OBTENÇÃO DE CÂNCER DE FÍGADO?

De acordo com pesquisas feitas pela "World Cancer Research Found", beber três ou mais bebidas alcoólicas por dia aumenta significativamente o risco de uma pessoa ser diagnosticada com câncer de fígado. No entanto, o consumo regular de café pode ajudar a reduzir os danos causados por este nível de consumo alcoólico. Os pesquisadores descobriram que para cada xícara de café consumida por dia, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de fígado diminuiu cerca de 14 por cento.

Para o estudo, publicado no Relatório do câncer do fígado do "WCRF", os pesquisadores analisaram dados de 34 estudos que incluíram dados de saúde de mais de 8 milhões de homens e mulheres e 24.600 casos de câncer de fígado. Eles descobriram, então, que beber três ou mais bebidas alcoólicas por dia aumentou significativamente o risco de desenvolver câncer de fígado, mas que a ingestão de café a cada dia parecia compensar esse efeito.

A ação proporcionada por compostos de café tem sido utilizada para indução do sistema de defesa endógeno, tendo como mecanismo a capacidade de reparação do DNA induzida por componentes no café, que podem também exercer efeitos quimiopreventivos. Há evidências de estudos, de pequenas intervenções, que comprovam que o consumo de café reduz o dano ao DNA das células do sangue.

Estudos in vitro demonstraram que certos compostos (cafestol e kahweol) reduziram a genotoxicidade de células do hepatoma (mais frequente câncer originado no fígado) derivadas de humanos através de uma introdução de enzimas de fase II, que facilitam a eliminação dos fármacos e a inativação dos metabólitos eletrofílicos potencialmente tóxicos produzidos pela oxidação. Assim, tanto o café quanto seus extratos têm sido utilizados para redução da expressão de genes envolvidos na inflamação, e os efeitos parecem ser mais pronunciados no fígado.

Referências

Wolk, Alicja et al. " Coffee Consumption and Risk of Liver Cancer: A Meta-Analysis".

http://www.wcrf.org/sites/default/files/Liver-Cancer-2015-Report.pdf